quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Pequeno relato da experiência da atriz - diário de bordo do Emcenacatarina, julho de 2011

A experiência de fazer esta primeira etapa de circulação do Emcenacatarina foi maravilhosa e por isso, tão difícil de descrever ou avaliar. Portanto, faço aqui um breve relato sobre o que vivenciei. Em todas as cidades que apresentamos fizemos uma conversa/debate após o espetáculo. E nessa conversa, pudemos ter o retorno do público, o que enriquece muito o nosso trabalho. Na maioria das cidades muitas pessoas ficaram para essa conversa, e muito curiosas. Queriam saber coisas, que para nós, artistas já são tão comuns que não nos parecem tão interessantes, mas que para o público é tão importante para entender o que se passa naqueles minutos de representação/ ação. E de como tudo acontece. Como é esse processo criativo?

Perceber que o espetáculo pode se adaptar ou se adequar a diversos tipos de espaços, sem perder a qualidade foi muito importante. Enfrentar diversos desafios (um dos mais difíceis foi no início da turnê, onde o frio era quase insuportável... e ficar resfriada foi inevitável!). O medo de ficar muito doente e não conseguir me recuperar. A solidão da atuação num monólogo, onde realmente não posso recorrer a nada nem ninguém na hora do palco. E a felicidade de mostrar um trabalho que tanto gosto para pessoas que provavelmente nunca o veriam se não fôssemos até lá...

E depois de tudo isso ainda tem os aplausos e o reconhecimento de fazer o espetáculo acontecer em qualquer situação, mesmo nas mais adversas. Esse reconhecimento do público é o melhor que podemos experimentar.

Os aplausos do público de São Bento do Sul, por exemplo, que mesmo com um circo disputando a atenção do espetáculo ficou até o fim, e permaneceu para o debate agradecido pela apresentação realizada. A disposição do público de Itapoá, que mesmo com a falta de energia elétrica em dois momentos durante o espetáculo não deixou o local e permaneceu com uma concentração que me comove ainda.

O teatro lotado em Vidal Ramos, apesar do intenso frio. O interesse do público de Rio do Sul em saber sobre o espetáculo. A resposta do público de Brusque com a proximidade que a disposição do espetáculo em semi-arena propõe. A emocionante apresentação na Fundação Cultural em Blumenau, em meio a um festival. A ótima recepção em Jaraguá do Sul e Joinville. E o querido público de Barra velha, que permaneceu quase inteiro para o debate após o espetáculo.

Mais a dizer? Não sei... Há tanto! E pode-se resumir em tão pouco: Lindo!

Obrigada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário