A pulsão da vida. A pulsão do medo. A pulsão da revolta.
Talvez estes sejam motes que guiam a minha direção: um mundo impreciso, num lugar claustro: dentro e fora da personagem.
Uma ratoeira para anjos.
A recriação com um único personagem, tal qual imprime a ideia original do texto, embora tenha sido escrito por mim, não é confortável, continua no conflito existencial do diretor-autor-de-cena: da atriz-autora-de-cena.
O espaço que se busca é de aconchego? É de semelhança? É, afinal, o simulacro de quê, de quem, este que se mata? Esta que se consome no pensamento.
Julieta. Christiano. Diretor. Romeu. Gilca. Punhais.
Os nossos punhos se tornam soltos na criação da paciência e do diálogo: atriz dirige e compõe naquilo que o encenador responde. Naquilo que o diretor pergunta a encenadora atua.
Não sei discernir muito sobre o jogo que parte do texto, quando o texto é suporte de outras tantas realidades íntimas. Procuramos nele a base e o apoio para os pés, mas não é dos criadores quererem voar? Morrer, quem sabe, nesse jogo de angústia criativa.
Que venha a nova estréia.
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