sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Afinamento

Afinar a cena, ajustar os detalhes de um espaço tridimensional permeado de corpos-atuantes: sujeitos criativos.
É esse, então, uma das massas que ora as mãos do encenador tenta manipular.
E quais ferramentas senão o Olhar: observação mais atenta ainda que de longe, quase sem ter produzido, quase sem ter interagido, volta ao conteúdo-cena e e dá seus retoques finais.

Dialoga, claro e evidente, com os atores, dialoga clara e conscientemente naquilo que os atores respondem sob os seus olhares e corpos também em busca do refinamento.

A estréia está marcada, a ansiedade cresce e o desconforto gera nova enfervescência: assim, criar é uma constância e o método uma base.

Do início do meu diário até aqui: chegamos em algum lugar sólido.
Não mais o volante perdido e as trajetórias.

Sabemos que o público logo logo dará suas rotas e suas impressões.
Sabemos que o espaço teatral dará seu contorno, sua atmosfera própria em estado próprio que nos acolherá e então nos permitirá: surgir.

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