quinta-feira, 18 de março de 2010

Julieta só

Uma Julieta sozinha no palco, sem o ator-corpo-do-Romeu.

Este é o momento do monólogo.

Este é o momento de uma nova criação: resgatar o feito e renovar o morto.

Nesse novo processo, dois ensaios realizados com a tensão inerente de uma atriz solitária. A direção sabe o que quer, mas como acontece muitas vezes não sabe para onde ir. Utiliza recursos que surgem de uma nova leitura: sem o Romeu. Utiliza elementos que não foram utilizados com a presença do cadáver.

Em um dado momento a criação se re-inicia. Os gestos, o corpo, os elementos de cena começam a dialogar. O diretor e a atriz ficam ávidos, faceiros e estimulados.

De repente o personagem-Romeu começa a fazer parte da cena: sem um corpo que o necessite.

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